quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A era digital influencia cada vez mais o perfil das novas gerações e as crianças estão trocando as brincadeiras educativas de outrora por equipamentos eletrônicos sem utilidade educativa. Nesse contexto, torna-se urgente e necessária a incorporação de jogos lúdicos no processo de ensino, já que influenciam a formação das crianças em vários aspectos: estabelecimento de vínculos sociais, desenvolvimento infantil do pensamento lógico-estratégico e da coordenação motora, vivência da amizade e da solidariedade, entre outros benefícios.
Além disso, as brincadeiras estão fortemente ligadas à cultura popular e ajudam a trabalhar conceitos históricos sobre a formação do povo brasileiro, além de estarem inseridas em diversas disciplinas de maneira transversal. Para avaliar o aprendizado, o educador precisa se concentrar na ativa participação da classe em rodas de conversa e na criação de um mural coletivo, por exemplo.
Veja duas atividades lúdicas simples que podem contribuir com resultados positivos na educação infantil: – h2

Brincar de Amarelinha

É uma brincadeira folclórica muito antiga, que tem diferentes nomes em diversos países e chega a ter variações regionais no Brasil. Quando chegou ao país por meio dos portugueses, há mais de 500 anos, tinha o nome de “pular macaca”. Refere-se ao ato de percorrer, de pulo em pulo, uma sequência de quadrados desenhados no chão. O objetivo é chegar ao final do trajeto, às vezes dificultado por algum obstáculo. A brincadeira estimula a combinação de regras, desenvolve o equilíbrio e consciência corporal das crianças.

Brincar de Bolinha de Gude

É uma brincadeira muito apreciada pelos meninos e ficou muito famosa por meio dos personagens Cascão e Cebolinha, da Turma da Mônica. No entanto, a criatividade das crianças confere às bolas maciças de vidro colorido as mais diversas modalidades de jogo.  Na versão tradicional, um dos participantes desenha um círculo no chão e tenta colocar uma bolinha dentro com um impulso do dedo polegar.  Depois, usando outras bolinhas, os demais jogadores tentam acertar a bolinha original para retirá-la de dentro do círculo. Quem consegue a proeza ganha o direito de se apropriar das bolinhas dos colegas para aumentar sua coleção. Além de trabalhar conceitos de soma, subtração e divisão, a atividade estimula a coordenação motora e pode ser utilizada nas aulas de ciências para tratar sobre o tema da reciclagem, já que as bolinhas são feitas de restos de vidro.

POR: GILMAR SATÃO

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